quarta-feira, 8 de junho de 2016

Acampamento Harpista



Por um tempo o grupo permaneceu sem notícias de Buran, além da informação dada pela assassina drow de que ele havia sido capturado e levado para algum lugar. Uma nova pista surgiu quando uma das informantes feéricas de Targen, a ninfa Faelieth, reportou ter visto um grupo de drows levando prisioneiros em direção à Corte Élfica. 

Veszyr, que há tempos não estabelecia contato, os alcança durante a noite de 30 Eleasias. Ele diz que estava procurando por uma pessoa e que finalmente a encontrou. O elfo negro convida o grupo para conhecê­-la em um acampamento fora da cidade, e diz que lá há algumas pessoas que gostariam de falar com eles.

Ao chegar, surpreendem-se ao encontrar uma trupe de artistas drow, que cantam e dançam em torno de uma fogueira. Entre os participantes está também o harpista mascarado que liderava o Circo do Triunfo. Em vez de estar acompanhado do gnomo e da dançarina, ele está ao lado de uma mulher humana de longos cabelos prateados que vão até os joelhos. Até então essa mulher não tirou os olhos de Lira. A líder do grupo, G'eldolin Ilalaulur, sacerdotiza de Eilistraee, é uma figura absolutamente gentil e encantadora. Ela os convida a participar da festa.

Existe um forte clima de paz que seria impossível experimentar em uma taverna com a cidade na sua atual situação. Quando as coisas se acalmam. Vocês se sentam com G'eldolin para conversar.

DAVOS: *sussurrando para Kevan* Davos quer saber se existe alguma razão do porque ainda carregamos o espadachim bêbado?

KEVAN: *sussurrando de volta, sorrindo* já não éramos o grupo mais coerente antes, pra início de conversa, não é? *Olha para Ito dançando de forma efusiva, com seus movimentos estranhos, atraindo o olhar da maioria das pessoas ao redor. Franze as sobrancelhas, algo constrangido* não que ele esteja fazendo muito esforço para se aclimatizar...

KEVAN: Entendo pouco sobre a motivação dele até agora, mas ele lutou ao nosso lado, se colocando em risco quando não precisaria disso. E certamente é bom com uma espada. Acho que não podemos exatamente recusar ajuda, não é?

DAVOS: *grunhe enquanto ajeita seu novo par de óculos* Humanos...

ITO: fera, bruxo, vamos dançar

KEVAN: *Rindo* não, err...*empurra delicadamente Davos na direção de Ito, e se afasta imediatamente, procurando Lira*

DAVOS: *Davos vê Kevan caminhando para longe e uma veia salta levemente em sua testa* Davos rejeita o convite. *Davos se vira e caminha para perto de seus animais*.

ITO: O que há com vocês? Eu os vi e logo apareceu um demônio e outras coisas. Achei que fosse um bom agouro.

Lira reconhece a mulher de cabelos prateados como Storm Mão Argentea. Ela é uma barda muito famosa no Vale das Sombras e a filha adotiva do mago Elminster Aumar. Enquanto o grupo conversa conversam, Storm se junta ao grupo de drows e começa uma nova canção. 

LIRA: *ainda em choque com aquela visão, murmura como que para si mesma: Eu a conheço. Não pode ser. E fica como que enfeitiçada pela alta mulher que se destacava entre os drows *puxa o glaur e tenta acompanhar a música*

Lira começa a tocar seu glaur, animando mais o acampamento e de certa forma chamando ainda mais a atenção de Storm. Percebendo como Lira ignora a pergunta de Ito, o artista mascarado se aproxima do jovem. 

HARPISTA: Não fique chateado com sua amiga por isso *sua voz andrógina, um tanto cômica e ao mesmo tempo madura, soa abafada por detrás da máscara branca e sem expressão*. Storm geralmente causa esse fascínio, mesmo se estiver vestida com um corselete de couro enlameado. Por outro lado...eu estou bastante curioso sobre você. Deixe eu me apresentar: meu nome é Charis Valence. Sou um harpista, um viajante e um colecionador de personas, dentre outras coisas. E você é?

Ito percebe que ele carrega várias máscaras amarradas na cintura, e armas de diferentes tipos ­ dentre elas uma cimitarra, um cajado de mago, adagas, um arco e uma katana. 

ITO: Eu sou Ito. Eu fugi de casa, como você arrumou uma dessas? 

CHARIS: Eu já visitei uma terra chamada de Kara­Tur, e nela o reino de Shou Lung. Visitei a cidade de Pinchow, e alguns outros lugares...ah mas como eu queria ter visto a Cidade Impossível dos Domos de Prata! Enfim, lá encontrei os guerreiros "samurai", e aprendi uma coisa ou outra. *ri, apontando para a katana e para uma máscara shogun vermelha em sua cintura*

CHARIS: Tenho quase certeza de que você também vem dessa terra tão distante...mas ainda assim...tem alguma coisa diferente sobre seu estilo, mas não sei o que...

ITO: Uau! Esteve perto da minha casa. Moro em uma região afastada, meus pais tem seu próprio... Estilo de vida, e séquito... Bom, meu pai inventou o estilo dele olhando uma gravura na parede. Então, não tem muita coisa parecida por aí.

CHARIS: Incrível! Escuta, Storm tem assuntos a tratar com dua amiga. Então...o que você acha de um desafio?

ITO: Desafio aceito.

CHARIS: Perfeito! Quero ver sua técnica e seu estilo em um combate contra a técnica da minha máscara. Só preciso disso: ver. Se você me vencer fica com a máscara, certo?

ITO: O que a mascara fará por mim.

CHARIS: Eu mesmo fabriquei essas máscaras...não são objetos comuns. A máscara do shogun me permite imitar o estilo samurai...mas ela possui outras habilidades que para você seriam úteis. Bem, você vai ver.

Charis coloca a máscara vermelha com chifres, e seu próprio corpo parece mudar com consequência. Ele saca sua katana com uma habilidade bastante peculiar. Para um homem de faerun, seria um autêntico samurai. Para um guerreiro treinado como você, é uma imitação assustadoramente bem feita.

ITO: *sorri* Espero não te matar Charis.

Charis permanece em um sombrio silêncio, como se outra pessoa estivesse atrás da máscara agora. Ele ergue a katana acima da cabeça.

Charis fica parado como uma estátua, estudando a postura de Ito e antecipando o ataque. Ito desembainha sua espada e ataca com um único movimento veloz, mas Charis consegue ser ainda mais rápido e apara o golpe. Ito segue a ofensiva com uma sequência de cortes de todas as direções, mas Charis esquiva­se e bloqueia facilmente. Ito começa a ficar nervoso. Como aquilo seria possível?

Charis se afasta, olha para cima e respira pesadamente. Aproveitando­se da frustração de Ito e percebendo a oportunidade Charis ataca. Os olhos dele brilham com uma luz branca por detrás da máscara e seu corpo dissipa em uma fumaça negra. Em uma fração de segundo a nuvem se aproxima de Ito e Charis se materializa novamente. Com um golpe poderoso ele desarma o jovem, cuja katana é arremessada rodopiando, até cair fincada na terra alguns metros dali.

ITO: Eu tenho duas espadas.

CHARIS: Isso também é parte da sua técnica? *fala em Alto Shou, idioma da terra natal de Ito*

ITO: Kwan Yin você não vai ficar no meu caminho, eu faço minha sorte. (Com olhos vermelhos e ponto de herói).

Ito se torna mais agressivo e ataca furiosamente com sua segunda katana. Charis tem mais dificuldade em evitar os ataques e logo se vê em uma posição menos favorável do que antes. Após alguns golpes e aparadas, Ito e Charis se veem cruzando espadas. Assim que a música termina, Storm se aproxima de Lira batendo palmas. 

STORM: Impressionante. E não estou falando só da sua música. *sorri*.

STORM: Charis me falou da forma como você conduziu a crise em Vau Ashaben. Liderou seu grupo numa expedição, salvando um clérigo de Tyr. Se passou pela capitã da guarda. Assegurou a sobrevivência de Eryn Chival e retirou seu irmão erroneamente acusado da cadeia. Desmascarou dois conselheiros corruptos e revelou o segredo por trás dos ataques drow. Não há nada de comum sobre você e seu grupo. E agora te vendo pessoalmente percebo que Charis tinha razão.

LIRA: Eu me lembro da senhora. Eu a vi há quatro anos em Águas Profundas. Eu conheço cada uma de suas histórias. Sempre me perguntei se algum dia teria a chance de conversa contigo. Mas agora eu não sei o que dizer. Sei apenas que algo importante está para acontecer, como a vossa presença sugere

STORM: Hahaha...não fique tímida, acho que não combina com você. *sorri*. Para começar pode me chamar de Storm. Da mesma forma, ouvi histórias suas antes de te conhecer. Não acha isso curioso, Lira?

KEVAN: *Desde que se separou de Davos, tentava avistar Lira no meio de todos, enquanto bebia a curtos goles uma caneca de cerveja diluída com água para lhe dar coragem. Quando a avista enfim, tocando e cantando ao lado da imponente barda de cabelos prateados (algo familiar, mas não conseguiu associar a nenhum nome) parou e, como fizera muitas vezes antes sem ninguém perceber, apenas sorriu e soltou um suspiro.* Lira é o máximo...

KEVAN: *Algo lhe chamou a atenção, contudo, quanto a forma como Lira e a outra barda interagiam após a performance. Pareciam cativadas uma pela outra, e Lira parecia genuinamente admirada. Algo naquela cena o incomodou muito, e, sem saber exatamente o porque de início, se sentiu um grande idiota*

KEVAN: *falando baixo para si mesmo* Kevan, seu idiota... Quem você acha que é? *passa a procurar a bebida mais forte disponível no local, movido por uma súbita vontade*

LIRA: Não deve ter ouvido muita coisa, as coisas só começaram acontecer recentemente para mim. Mas nada que chegue aos pés dos seus feitos ou da Mãe ou Da Estrela do Mar. Enfim tenho um pouco de dúvida, algo que nunca senti antes. Eu não sei se tenho tamanho para isso tudo.

LIRA: o que quero dizer é. Essa situação aqui nos Vales, Myth Dranor, Netheril e Tilverton. Não acho que... Enfim... Não sei se dou conta. Tenho encontrado pessoas poderosas demais e tenho falhado mais do que o costume

LIRA: Pior, eu não me sinto confortável com a posição de liderança e tenho assumido isso o tempo inteiro. As vezes tenho vontade de me mandar como da outra vez

STORM: Você é muito jovem...e talvez só não tenha se dado conta da balada épica que o destino compôs para você. Do meu ponto de vista não vejo falhas nem miudezas. Só escuto um glorioso "crescendo", ainda aguardando para culminar em toda sua magnificência! *fala com uma empolgação quase musical* Vejo que poderia ser um poderoso harpejo na canção que venho compondo com meus companheiros.

STORM: Se já ouviu falar de mim certamente conhece os Harpistas. Gostaria que entendesse que sua atitude chamou nossa atenção.

STORM: É assim que nós, os Harpistas, agimos Lira. Entre a luz e as sombras, travando uma batalha silenciosa contra os tiranos, promovendo o bem, preservando a história e buscando o equilíbrio entre a natureza e a civilização.

STORM: Então, antes que o seus temores a afastem do seu caminho, entenda que existem outros que querem estar ao seu lado nessa luta. Você é uma líder nata, mas não está sozinha. O que quero dizer é que há um motivo para eu ter te convocado aqui: gostaria de oferecer a chance de se unir à nossa sociedade.

LIRA: O que eu tenho que fazer exatamente Storm para ser um Harpista? O que posso oferecer?

STORM: A resposta para ambas as suas perguntas é simples: continue fazendo o que tem feito. Nossa missão atual nos Vales envolve essa mesma situação contra a qual vocês tem lutado. Precisamos de um agente que seja capaz de ajudar a manter os Vales coesos e que possa confrontar essas ameaças quando necessário...Vocês já provaram ser capazes das duas coisas sozinhos. Agora, podemos lutar juntas contra esses inimigos. O que me diz? 

Enquanto isso, o duelo entre Ito e Charis ainda estava em curso, os dois espadachins com as katanas cruzadas. Charis resolve a disputa de força empurrando Ito e desfere dois golpes, que o jovem samurai apara com dificuldade, mas que o fazem perder sua guarda. Um terceiro golpe, contra um Ito desprotegido, é interrompido por Charis com a lâmina a menos de um centímetro da bochecha do samurai. Ito tem a impressão de sentir um filete de sangue escorrer pelo seu rosto.

CHARIS: Humpf...Sua técnica é interessante, mas não o suficiente para substituir a máscara do Shogun. *fala com uma voz grave no seu idioma e gargalha em seguida*

ITO: Tem coisas que você não é capaz de entender *Ito empurra a espada dele com a mão e se senta*. Sente aqui Charis

CHARIS: *retira a máscara, seu rosto pintado de branco e sua postura se tornando imediatamente mais amigáveis* Espero que o Shogun não o tenha ofendido...Ele pode ser um pouco arrogante as vezes. *coloca a máscara branca sem expressão e vai se sentar com Ito*

CHARIS: *ao se sentar, embainha a katana como um novato*

ITO: Ele foi arrogante, mas eu fui sabotado. As coisas nem sempre são o que parecem, como vc sabe bem. Poderes agem sobre nós, e escondem a força quando acham que devem esconder, e demonstram quando acham que devem demonstrar. De qualquer forma, mesmo com essa luta abaixo da média ­ nenhum de nós fez por merecer a altura do desafio... não sei se vc tem lembrança da luta, tem?

CHARIS: Ah sim, tenho! Cada máscara, cada persona é apenas uma expressão do mesmo artista.

CHARIS: Vamos fazer o seguinte: da próxima vez que me encontrar duelaremos de novo. Se sua técnica tiver se aprimorado, e você vencer o Shogun, fica com a máscara. Sua técnica parece bem rara e valiosa... Quem sabe um dia você derrotará até mesmo a máscara do Shinigami?

ITO: Até mesmo? Isso parece interessante.

CHARIS: *ri* Não se preocupe, ele não é tão arrogante quanto o Shogun.

ITO: Quanta confusão! A minha mãe costumava dizer que os fortes são fortes mesmo despidos. É estranho sua técnica de mascaras, qual é a verdadeira?

CHARIS: Eu te desafio a descobrir!

Ito levanta a máscara de Charis e rouba-­lhe um beijo. Ele consegue sentir a suspresa do mascarado nesse momento ­ milhares de sentimentos, personas e máscaras se condensando em uma só pessoa. Charis se afasta um pouco, inicialmente com uma expressão pouco assustada, mas logo ri ao ver Ito com o rosto manchado com o branco de sua maquiagem.

CHARIS: Me diga uma coisa...*segura o rosto de Ito, admirad­o* Eu estaria errado em achar  que VOCÊ também usa uma máscara?

ITO: A minha surpresa é não ter mascaras. Eu sou seu oposto. Isso o assusta? 

CHARIS: Bela antítese, mas não. Na verdade você me intriga. Não sei. Existe um alguma coisa em sua natureza que o faz assim, conciso e confuso. Ainda assim... *é interrompido por Storm, que faz um sinal chamando os dois para perto da fogueira* Acho que Storm quer falar com vocês. Vamos? * coloca sua máscara branca de volta e se levanta*

DAVOS: *Davos observa horrorizado todas aquelas cenas. Ele já estava desconfortado com as intrigas políticas, mas agora com o total colapso ébrio do grupo ele não faz ideia de como prosseguir. Então ele apenas senta, assiste e grunhe, fascinado com os demais. Seu foco no momento é Kevan, que gira sozinho em um canto enquanto fala com sua caneca.* Humanos. *Davos grunhe internamente enquanto ajeita seus óculos*

*Ulfur, que está com seu pelo ainda mais desgrenhado pelas surras da vida, dorme ao lado de Davos sem preocupações*

KEVAN: *tomando sua caneca de líquido misterioso mas altamente inebriante* 

KEVAN: *ao avistar seu amigo druida* DAAAAVOS, VOCÊ ESTÁ AÍ, MEU AMIGO! *acena efusivamente e corre para sentar ao seu lado*

DAVOS: *Pelo maldito antigo ente cujas raízes ainda virão a devorar a minha carcaça sem vida* Mago... Sua presença é sempre bem­ vinda a Davos...

DAVOS: *Davos parece ter uma ideia * Davos estava se questionando porque o mago tomava tantas voltas.

DAVOS: *Davos limpa a garganta * Davos fez uma indagação.

KEVAN: Ah, amigo... Nenhuma razão, eu... Eu... *seu sorriso infantil se dissipa, Kevan disfarça olhos marejados* estava com sede. Quer? *oferece desajeitadamente uma caneca de cerveja escura, respingando no orc*

DAVOS: *limpa levemente a cerrveja* Davos agradece, mas vamos... Kevan... Diga a Davos o que te aflige.

KEVAN: Bah... Você é sábio demais pra mim, amigo. Tudo bem...

KEVAN: Sem querer soar ridículo, mas... Eu tenho... Tinha... Erm... Sentimentos por uma amiga nossa em comum. Mas cada vez mais percebo que não tenho chance.

KEVAN: sabe... Eu nunca falei muito do meu passado, mas...eu cresci em um vilarejo absolutamente isolado. Não sabia de muita coisa sobre o mundo. Eu não me encaixava muito com os garotos da minha idade, que não se incomodavam com aquele mundo pequeno no qual vivíamos. Por sorte, fui descoberto pela minha mestra... Ela era incrível, a mulher mais poderosa e inteligente que já vi.

KEVAN: Ah, não quero ocupar muito o seu tempo, amigo. Desculpe. Bem...Ela viu algum potencial em mim, um garoto gorducho de uma vila insignificante no meio do nada. Me ensinou a ler, a memorizar encantamentos e a compreender melhor a Trama. Graças a ela, meu mundo se ampliou, e vi... Que existem coisas mais incríveis do que eu jamais imaginei neste mundo.

DAVOS: Não se preocupe, Kevan. Davos apenas está nos lugares que deseja estar. Continue.

KEVAN: mas eu acho que essas coisas com as quais eu sonho, que me fascinam vão continuar distantes, intocáveis, como miragens. Ainda não consegui realizar meu objetivo inicial, que era me tornar um mago de guilda. Que inclusive parece algo cada vez mais insignificante.

KEVAN: Não consigo salvar quem precisa ser salvo, mesmo quando tento, e arrisco tudo o que tenho...

KEVAN: e a garota mais cativante, mais fantástica que já conheci.... Bem... Eu devia ser um idiota em achar que ela se interessaria por um caipira fora de forma como eu....

KEVAN: Ah, Davos. Me mande calar a boca, por favor. *Olha para o fundo cada vez mais próximo de sua caneca de cerveja, franzindo a sombrancelha*

KEVAN: Humanos, certo? *Sorri sem graça*

DAVOS: *suspiro grunho* Davos reitera sua afirmação anterior. E sim, humanos. Prossiga com seu conto, Davos quer saber o fim da sua antiga Lira.

KEVAN: é basicamente isso. Eu acho...O tipo de pessoa com quem a Lira combina é bem diferente do que eu sou. Ela merece alguém como aquela bard...*Olha para Lira e Storm, ainda conversando juntas, em aparente profunda intimidade. Uma ficha subitamente cai. Sim, ela ainda não tinha caído* Você não acha que...Bem... Eu já li sobre isso mas...Elas...? Er...*enrubesce*

KEVAN: *extremamente constrangido, muda rápido de assunto* Ah, por acaso você está falando da minha antiga mestra? Não, ela e eu nos separamos. Ela está por aí, acho. Não sei por onde anda, e ela também não sabe de mim. Eu espero. Não, Ela definitivamente não é a minha antiga Lira. Não, Haha... Ha... Ha... Uh...

DAVOS: *Davos passa a mão no pelo embaraçado de Ulfur* Todos nós somos destinados para um fim, um retorno para a terra. Davos não acredita em retornos, talvez quando aja uma missão não cumprida, mas devemos aproveitar as chances que temos. De mais um tempo para a jovem, ela está encontrando sua própria antiga Lira. *grunhe* Mas mesmo Davos não acreditando em retornos, Davos acredita em segundas chances.*Davos segura a cabeça de Kevan com sua mão esquerda, ele levanta o indicador de sua mão direita, cospe em sua unha afiada e a finca na testa de Kevan. Toda a fúria ébria do mago é rapidamente substituida pela dor em sua testa. E logo ele nota que não está mais bêbado*

Storm Mão Argêntea acena de longe, convidando todos a se juntar a ela.

DAVOS: Erga a cabeça mago, somos requisitados.

KEVAN: *subitamente atordoado com o retorno súbito de sua sobriedade. Tenta­-se agarrar aos últimos segundos de desinibição e dormência como uma criança ao seu cobertor, mas logo resta apenas a vergonha de palavras ditas em excesso e a sensação da unha afiada e úmida de um meio-­orc fincada uns bons milímetros em sua testa*

KEVAN: *se esforçando para encarar Davos* É... Vamos lá. Obrigado, amigo.

ITO: vamos lá!

DAVOS: *Joga sua capa enquanto se levanta* Sim.

LIRA: *acompanha Storm para ouvir o que ela tem a dizer*

Storm observa todos se aproximando da fogueira do acampamento. Cada um dos integrantes do grupo se apresenta, e ela os explica um pouco sobre quem são os Harpistas. As duas trocam informações sobre os eventos que se desenrolaram nos últimos dias.

STORM: Existe uma sombra se aproximando de Cormanthor. Os Harpistas também perceberam isso. Sabemos que existe uma perigosa aliança entre os drows de Vhaeraun e os vultos de Obscura, e nós também precisamos fortalecer nossas alianças. Isso quer dizer que estamos oferecendo a vocês nosso apoio quando precisarem. O que nos leva a outra questão...

STORM: Talvez vocês estejam se perguntando por que eu e Charis estamos na companhia desse grupo de drows. Bem, eles são um povo fascinante, mas a resposta envolve mais do que isso ­ tem a ver com Eilistraee. Os Harpistas possuem o apoio de muitas divindades e de seus clérigos, e a Dançarina Negra acaba de declarar aliança em sua última manifestação. Mas nós também precisamos conhecer nossos inimigos tão bem quanto nossos aliados. Acredito que não sejam todos versados em história e religião élfica, então...G'eldolin por favor. G'eldolin, sacerdotiza de Eilistraee, é uma drow de meia idade. As suas marcas da idade transmitem sabedoria e uma beleza ascética. Com seu olhar gentil, ela é bem diferente da maioria dos drows que vocês conheceram até agora. Foi G'eldolin quem converteu Veszzyr à Eilistraee antes dele ser aprisionado pelos drows de Lolth para se amaldiçoado como drider, e sempre foi o objetivo dele reencontrá­-la.

G'ELDOLIN: Sim, não é problema algum. *ela se levanta e com os braços cruzados caminha em torno da fogueira enquanto observa ao longe a floresta de Cormanthor* O que vocês conhecem como o Panteão Élfico, para o elfos é o Seldarine: um conjunto de deuses de diferentes aspectos, liderados por Corellon Larethian. Da mesma forma, os Drow tem seu próprio panteão, conhecido como Seldarine Negro. Corellon tinha uma consorte chamada Araushnee, a divindade patrona dos elfos negros, e os dois tiveram dois filhos Eilistraee, a Dançarina Negra, e Vhaeraun, o deus mascarado da noite. Araushnee traiu Corellon se aliando com Gruumsh, deus dos orcs e maior inimigo de Corellon. Outros deuses drow se aliaram à Araushnee, e mais tarde ela tentou invadir Arvandor, o plano cósmico onde fica o palácio celestial de Corellon. Como punição, Corellon baniu Araushnee às profundezas do Abismo, junto com todo o Seldarine Negro, e depois disso Araushnee passou e ser conhecida como Lolth, a perversa Rainha Aranha dos drows do Subterrâneo. A única exceção a isso foi Eilistraee, a Dançarina que guia meu povo para longe das teias demoníacas de Lolth. O irmão de Eilistraee, Vhaeraun, é o patrono de nossos cruéis primos na superfície, e é seguido pela casa Jaelre, que agora vem causando problemas nos Vales. Apesar de ser um deus maligno do Seldarine Negro, ele também é um inimigo mortal de sua mãe Lolth.

LIRA: Dumic falou de um pergaminho na corte élfica que os shadovar estariam interessados. O que poderia ser?

STORM: Sim...os shadovar. O povo nativo da cidade de Obscura...uma metrópole flutuante do império do antigo império arcano de Netheril. Essa cidade evitou sua destruição movendo-­se para o Plano das Sombras milênios atrás e, como você já sabe, ela retornou a Faerûn recentemente obliterarando Tilverton no processo. O pergaminho que você mencionou Lira, é o que eles realmente procuram, e um dos motivos de seu retorno.

STORM: Na verdade verdade não se trata de um pergaminho, mas de vários. O Império de Netheril chegou ao ápice de seu poder ao descobrir o que chamaram Pergaminhos do Nether nas ruínas de um antigo império dos elfos do sol. Esses pergaminhos continham uma quantidade quase ilimitada de conhecimento arcano e uma forma de Magia muito mais poderosa do que a que conhecemos.

STORM: Existem dois conjuntos de cinquenta pergaminhos cada. Com o tempo esses pergaminhos se perderam e a história mostrou que toda vez que alguém encontrava um ou mais deles, problemas se seguiam.

STORM: Acreditamos que alguns desses pergaminhos estejam perdidos nos Mythal em Cormanthor, e a informação que você retirou desse delator só reforça essa hipótese.

STORM: Precisamos vigiar de perto a atividade dos drow, e, se queremos ter esperança de afastá­los dos Mythal e da Corte Élfica, nossos esforços também devem garantir que os vales permaneçam unidos. Se precisarem de pagamento, suporte ou informações podemos prover. Os Harpistas contam com vocês e estarão sempre por perto, certo Lira? *Storm se levanta e caminha em direção à barda. Ela retira do bolso um broche de prata com o símbolo de uma harpa e prende a jóia na camisa de Lira enquanto olha a jovem nos olhos.*

STORM: Preciso acompanhar G'eldolin em uma missão importante envolvendo esse assunto e não poderei seguir com vocês. Sintam­se à vontade para descansar. Partiremos pela manhã bem cedo mas o acampamento permanecerá aqui.

Todos vão dormir depois de uma noite tão rica, e, ao acordar no dia seguinte percebem que há muito tempo não se sentem tão descansados. Storm, Charis, G'eldolin e Veszzyr, como um novo grupo de aventureiros, deixaram o acampamento bem cedo, antes dos outros acordarem.

Ito leva um susto ao despertar e encontra uma máscara assustadora ao seu lado. É uma face pálida cheia de dentes pontiagudos, com um par de chifres e cabelos pretos compridos. Ele não tem muita dúvida de que ela representa um Oni.

LIRA: E então rapazes? O que faremos? Acho que devemos apoiar Eryn como a Rainha e unificar o Vale. Os vultos abriram frentes demais e terão dificuldades para enfrentar outro reino. Enquanto houver pequenas milícias patrulhando as fronteiras de Cormanthor, a casa Jaerle buscará livremente a entrada de Myth Dranor.

LIRA: Precisamos de um exercíto e precisamos de uma aliança com os elfos se Cormanthor.

LIRA: Precisamos contatar Markas e Eryn e convocar um encontro dos escudos para que sangue do manto volte a governar os vales. Depois convenceremos Eryn a propor uma aliança com os elfos de Cormanthor.

KEVAN: Sim. Concordo que Eryn deve liderar o Vale. Não só por suaherança de sangue, mas pelo simples fato de sua presença ser ameaçadora o suficiente a nossos inimigos que tramem sua morte. Mas ela precisará de ajuda...

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