terça-feira, 14 de maio de 2013

Tempestade Oculta

Já fazia uma dezena de viagem desde que eles haviam deixado Acaso para trás. Uma pequena parada na cidade de Essembra durante o Encontro dos Escudos para recolher a recompensa sobre a cabeça do grimlock os rendeu algumas novas histórias e aliados. Linus, um garoto de 12 anos, acabara de se juntar aos demais a pedido de Maja, ainda que contrariada por Markas. "Será responsabilidade sua Maja", disse ele em um tom ríspido.

Enquanto a caravana seguia, Kevan analisava o anel de proteção que havia comprado de Chzandra, uma Maga Vermelha de Thay que passava pela capital durante a celebração. Davos checava seus pertences repetidas vezes, ainda um pouco desconfortável em relação ao encontro com um grupo de artistas de circo que ele poderia jurar terem-no roubado no centro da cidade.

Buran parecia sereno como sempre, mas deixava transparecer a satisfação de ter encontrado novamente o velho Limbo. Todos se perguntavam o que aquele homem estava fazendo lá - e mais importante, como havia chegado à capital antes deles. Eles até haviam recebido dele algumas explicações sobre a misteriosa moeda de prata, mas a incerteza sobre o funcionamento daquele objeto mágico ainda era motivo de inquietação. "Como qualquer moeda, essa serve para fazer trocas - só o que muda é a mercadoria e o vendedor", as palavras do velho ecoavam na cabeça Lira, que fazia truques de mão com a moeda.

Uma tempestade já estava formada acima deles, e a chuva ameaçava cair de uma vez só, como se o céu fosse desabar depois de qualquer vento mais forte. 

Os cavalos pararam.

"Mas que diabos é isso?" Disse Markas com a mão sobre a boca. A caravana havia chegado há uma fazenda que parecia ter sido saqueada não há muito tempo - uma carroça tombada de lado ainda conservava o preguiçoso movimento de uma das rodas no ar, a construção principal, um casarão de três andares havia sido colocado a baixo por fogo, e algumas pequenas chamas ainda queimavam o que havia restado da madeira das paredes. Pelo gramado onde agora os aventureiros pisavam, cerca de uma dúzia de homens jaziam mortos, alguns deles decapitados, as cabeças fincadas em estacas como se fossem sinais de advertência...



Markas se abaixou sobre um dos cadáveres e retirou um virote presos às costas dele. Ele levantou o projetil diante dos olhos, e observou enquanto um filete viscoso de uma substância verde escorria da ponta. "Parece veneno..." Ele deixou escapar uma pequena fagulha de intuição e bom senso. "Veneno drow do sono, com certeza" continuou por ele Veszzyr. "Não há nenhum sobrevivente aqui?" Davos e Buran disseram quase que ao mesmo tempo. "Não. Não há sobreviventes. Pelos menos não aqui." Respondeu uma voz desconhecida vinda de trás do grupo no mesmo momento em que a chuva começou a cair.

Um meio-elfo se revelou saindo das ruínas de uma das construções com um arco composto em mãos. Ele era um homem de traços faciais élficos óbvios, com orelhas pontiagudas, olhos de um verde inumano e a uma pele de discreta coloração cuprina. Por outro lado seu porte físico era pesado e muscular, e uma barba escura e cheia, características que não se encontram no Povo, revelavam sua herança racial humana. Um corselete de couro batido protegia o peito, e algumas placas adicionais serviam como braceletes e ombreiras - exceto no braço esquerdo, o que parecia garantir agilidade ao manusear o arco.

"Se importam de me dizer o que estão fazendo aqui?" Perguntou o meio-elfo de forma destemida colocando o arco em posição de disparo. "Veja, amigo, nos só estávamos passando por aqui. Não queremos problemas." Davos se justificou.
"Ninguém quer problemas nos dias de hoje, mas sempre acaba encontrando de alguma forma, como estes fazendeiros aqui".
"Você viu o que aconteceu nesse lugar?" Lira indagou o estranho.
"Eu sei o que aconteceu aqui. É o suficiente? Minha vez: porque vocês estão acompanhados desse drow?" O arqueiro apontou para Veszzyr com a flecha ainda na corda de seu arco.
"Não se preocupe com ele, é um seguidor de Eilistraee." Davos replicou, e o meio-elfo relaxou o arco em um gesto explícito de confiança.
"Sim...já conheci alguns deles... Me desculpem as precauções. Meu nome é Saevros Altocéu, sou um rastreador de um povoado élfico. Eu estava vigiando um grupo de drows nesses últimos dias, e eles me trouxeram até aqui." O meio-elfo se apresentou.
"Você quer dizer que essa fazenda foi saqueada por drows?" Markas não parecia muito surpreso.
"Eu não diria somente saqueada. Eles vieram aqui por algo mais - escravos. Veja, eu sei para onde os sobreviventes foram levados e nós não temos muito tempo - o que acham de nos juntarmos sem mais amenidades? Talvez possamos fazer alguma coisa por eles." Saevros já pareceia bem mais amigável para alguém que acabara de apontar flechas à cara de seus novos aliados.
"Eu não vou ficar parado de forma alguma enquanto meu povo é levado como escravo por drows." Markas interpelou enquanto oferecia um aperto de mão ao meio-elfo, que aceitou com firmeza o gesto, e então apresentou a Saevros o restante do grupo.

Eles adentraram a floresta e seguiram os passos do rastreador, até que avistaram uma clareira  logo depois de um barranco. Saevros sinalizou para que todos se escondessem no ressalto. Na clareira ficava o acampamento drow para onde os escravos haviam sido levados. Um grupo de seis elfos negros inspecionava duas jaulas - uma delas contendo prisioneiros humanos e elfos, a outra contendo bestas que nenhum deles havia visto antes, exceto por Veszzyr.

"Quaggoths..." murmurou o renegado drow que os acompanhava ao ver as criaturas híbridas de homem e urso negro - uma abominação comum no Subterrâneo de onde ele vinha. A clareira era coberta pelos galhos de uma enorme árvore anciã que se elevava do solo a partir de seu centro, e a única outra estrutura visível era uma tenda de pano. O grupo estava pronto para atacar o acampamento quando mais cinco drows saíram da tenda e iniciaram uma lenta caminhada pela clareira.



"Aillesel Seldarie". Saevros sussurrou "pelo Seldarine" em élfico enquanto eles observavam de longe o acampamento drow. O incomum grupo de cinco elfos negros estava inspecionando os recém-capturados escravos. Um deles cavalgava uma espécie de lagarto gigante. "São os líderes da casa Jaelre. Eu ando observando eles há algum tempo, mas nunca tinha visto todos juntos." Saevros continuou. "Estão vendo aquele ali no meio? O que é manco?" Ele apontava para um drow vestido com uma armadura de couro, que tinha a perna direita manca e firmada por uma bota metálica especial.  "Então, ele é Jezz, O Coxo. Tenho visto ele com mais freqüência fora da floresta, mas normalmente acompanhado de um pequeno esquadrão. Aquele ali à direita é Tebryn." Saevros agora apontava para um drow de cabelos curtos com o rosto repleto de cicatrizes, vestido com um peitoral de aço. "Ele é o líder militar desta Casa... agora aquela mulher à esquerda, acho que não me lembro dela..." Saevros agora falava da única mulher do grupo de drows. É uma elfa esquálida com cabelos aparados em formato quase geométrico, cuja pele de ébano era recoberta por um robe cinza, decorado em sua gola com um chamativo adorno de metal. "Ah... e lá está aquele maldito... Alakdar." Kevros transpareceu seu ressentimento em relação ao drow mascarado que cavalgava o lagarto gigante - a figura sombria que vestia uma armadura de batalha completa e carregava em suas costas uma espada dupla. "É um algoz de Vhaeraun. Ele é bastante jovem, mas Nurkinyan, o principal líder dos Jaelre, tem um grande apreço por ele."

Os cinco drows foram interrompidos quando uma explosão de chamas se manifestou bem diante deles, gerando um densa fumaça negra. O cheiro de enxofre logo se espalhou a partir dali quando a nuvem se dispersou. Nenhum deles foi ferido pela explosão, mas uma criatura demoníaca acabara de se materializar como consequência do evento.

O monstro, que parecia ser um híbrido de drow e demônio, ainda emanava feixes de fumaça das reentrâncias seu bizarro corpo. Sua silhueta era imponente, com mais de dois metros de altura e um porte muscular, as pernas eram curvadas para trás como as de um lobo. Seus braços eram longos e fortes, terminados em garras afiadas. De seu tórax esquelético brotavam outros dois braços menores, com mãos mais finas, mas apenas vagamente humanóides. Os cabelos se estendiam em um chumaço branco para trás da cabeça e rosto parecia ter sido tirado de um pesadelo, com uma mandíbula ferina e olhos bestiais.


 


"Nos encontramos de novo...irmão." Disse o demônio enquanto encarava Jezz, O Coxo.
"Eu vinha me perguntando quando isso iria finalmente acontecer." respondeu o drow.
"Eu venho em nome de nossa mãe...para avisar que Lolth não irá mais tolerar sua rebeldia...entregue-se agora e ainda poderá viver...como um Drider."

"Há! Foda-se Lolth! E cuspo na Rainha Aranha, seu tolo! Acha que ainda me importo com as maquinações da sacerdotisas? Vhaeraun nos mostrou a Noite Acima e nós viemos conquistar esse mundo - coisa que os seguidores de Lolth nunca tiveram capacidade de fazer, de tão ocupados com suas estúpidas lutas!"

"Blasfêmia! Você não me deixa escolha... Vou gostar de arrancar suas vísceras, meu irmão..." O meio-demônio agarrou pelo pescoço o drow, que tinha apenas metade de sua altura. Jezz lutava para se libertar, as duas mãos agarradas tentando abrir os grosseiros dedos da criatura. Sem misericórdia, o demônio desferiu um segundo golpe com a outra garra, atravessando o abdome de Jezz.

O corpo do drow caiu ao chão, mas poucos segundos depois se dissipou em uma massa amorfa de sombras. O demônio parecia surpreso, e, de repente, uma lâmina atravessou o seu peito e ele soltou um urro de dor, cospindo sangue negro pela boca. Chamas infernais incineraram o corpo do monstro de dentro para fora até que sobrassem apenas os ossos. A lâmina foi puxada de volta e o esqueleto vazio da criatura desmontou-se logo em seguida – atrás dele estava Jezz, intacto, segurando um kukri ensanguentado.

"Ahahaha... e eu que pensava que suas ilusões não seriam convincentes para um demônio Belarbreeza!"
"Não subestime o poder da Trama de Sombras, Jezz." retrucou a maga drow.
"Aiai...volte pro inferno irmão, espero que goste da viagem." ele desabafou de forma irônica enquanto balançava a cabeça.
"Não há mais nada para ver aqui, estaremos bem contanto que seus homens façam o trabalho deles Tebryn... Belarbreeza, nos leve devolta à Corte Élfica, precisamos conversar com Nukinyan." A maga Drow ouviu as ordem de Jezz, e apenas fez um pequeno gesto com seu cajado - em seguida houve um lampejo de energia mágica e os cinco drows desaparecem.

Os líderes da Casa Jaelre haviam ido embora, mas o grupo ainda precisaria lidar com o bando de drows que vigiava o acampamento se quisessem resgatar os escravos. "Vou usar magia para enredar esses drows com cipós, preparem-se para atacar" Davos sussurrou para seus companheiros. "Só me diga quando" Pediu Saevros preparando o arco com duas flechas ao mesmo tempo. "Não! Esperem, eu tenho uma idéia!"

A ladina Maja deixou os outros sem que tivessem tempo de impedi-la. Ela se esgueirou por de trás do barranco, ocultando-se entre os arbustos que cercavam a clareira e foi até a jaula dos Quaggoths. Sem que nenhum dos inimigos percebesse sua presença, ela começou a trabalhar sobre o trinco da gaiola com seus instrumentos de ladra. Um clique foi ouvido e o cadeado caiu no chão. Maja entreabriu a jaula para que as bestas percebessem que estavam livre, e quase foi esmagada pela porta quando os três monstros a empurraram para o lado, saltando para fora furiosos e sedentos de sangue.

Eles investiram em direção aos drows emitindo urros assustadores, batendo suas mãos contra o peito e mostrando suas garras. Um dos elfos negros percebeu a aproximação e gritou alertando os outros, mas já era tarde demais quando ele próprio decidiu se virar novamente em direção aos Quaggoths - uma das bestas saltou sobre ele e com um golpe de sua garras transformou seu rosto em uma máscara de sangue e carne dilacerada.

Os outros cinco drows, dispararam conjuntamente suas bestas de mão em um dos monstros - ele emitiu um rugido ensurdecedor quando os cinco virotes o atingiram bem no peito. Os drows esperavam que o veneno sonífero fizesse algum efeito sobre a criatura, mas foi em vão. O Quaggoth, agora ferido, se lançou sobre um dos drows e  o deu uma morte rápida e brutal, partindo o elfo negro ao meio pela cintura.

Outros dois drows se juntaram na tentativa de flanquear o Quaggoth que agora estava ao seu lado. Eles puderam ouvir os gritos de seus comparsas atrás deles enquanto eram mutilados pelos outros dois homens-urso do Subterrâneo. Um dos drows lançou-se sobre o Quaggoth ferido com um sabre em mãos, mas foi arremessado a metros dali por um golpe furioso da besta, o outro aproveitou a oportunidade, trespassando o pescoço da criatura com seu sabre. Ele derrotou um dos monstros mas não teve chance contra os outros dois que haviam acabado de matar seus aliados.


"É, acho que funcionou". Disse Lira em tom irônico ao observar o caos desencadeado pelas ações de Maja. "Vamos, agora!" Buran deu o comando ao resto do grupo, ao ver que agora Maja se aproximava para apunhalar um dos Quaggoths pelas costas. Davos e Markas acompanharam o anão enquanto ele descia em direção aos monstros, enquanto Saevros, Lira e Kevan permaneceram em cima do barranco disparando flechas e magias nos inimigos. 

Saevros disparou duas flechas, que atingiram quase que simultaneamente o peito de um dos Quaggoths, ferindo-o gravemente. Maja, que ainda se esgueirava por trás do inimigos, chegou perto o suficiente para desferir um ataque preciso nas costas de um dos Quaggoths. A criatura urrou de dor e se virou, desferindo um contra-ataque com uma das garras no pescoço da jovem. A ladina caiu de costas, as duas mãos apertando os ferimentos lineares que acabaram de ser rasgados em sua pele, na tentativa de estancar o sangramento e aliviar a dor lancinante.

Buran chegou neste momento, e em um golpe ascendente acertou seu punho cerrado bem no queixo do Quaggoth, fraturando a mandíbula do homem-urso com força suficiente para incapacitá-lo.

Ninguém havia percebido aonde Linus havia se colocado em meio a confusão, já que Maja havia dito ao garoto para não se meter no combate - até que dois virotes vindos de cima atingiram o crânio do Quaggoth remanescente -  o primeiro deles ferindo e desorientando a criatura, e o segundo executando-a ao acertar-lhe um dos olhos. Todos olharam para cima surpresos, e encontraram o garoto pendurado em um dos galhos da enorme árvore. Ele sorriu para seus amigos enquanto recarregava sua besta leve com um novo virote.

O grupo correu em direção a Maja para ajudá-la, mas quando chegaram perto da ladina, viram que ela já empunhava a varinha de curar ferimentos leves, que haviam adquirido da clériga drow na torre de Dracandros. Com um mero toque da varinha, um brilho dourado cicatrizou instantaneamente os rasgos na pele da jovem, e ela se pôs de pé logo em seguida com a ajuda de seus aliados.

O grupo libertou os escravos, que os agradeceram veementemente pelo resgate. Saevros reuniu os elfos que estavam entre os prisioneiros, e depois se dirigiu aos aventureiros que o acompanharam. "Em nome de meu povo, eu os agradeço, aventureiros!"
"Foi uma honra para nós" Davos respondeu.
"Suas ações hoje foram muito importantes. Nosso povoado protege antigos portais élficos em Cormanthor que estão interligados a diversas partes da floresta e a outros Vales - somos nós quem os impedimos de cair em mãos erradas. Saibam que a partir de hoje, vocês serão bem vindos em nossa casa, contanto que isso fique entre nós."
"Igualmente, se precisar de alguma ajuda em Vau Ashaben, me deixa saber." Markas retribuiu a gratidão.
"Ah, sim. Eu costumo passar pelas cidades humanas para trocar peles de animais. Quem sabe não nos encontraremos lá no futuro?"

Os escravos humanos retornaram à fazenda, com a promessa de Markas de que ele iria avisar as autoridades do Vale da Névoa. Depois disso, o grupo se despediu de Saevros e dos elfos, que desapareceram em meio as árvores, e em seguida partiu em direção à capital, Vau Ashaben, que já era visível no horizonte..."


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Luna Ramlah


Luna Ramlah

De dentro de um cesto de palha, Luna e Neris viram a casa começar a pegar fogo enquanto o corpo de seu pai jazia contorcido no chão da cozinha. A cabeça de sua mãe, encontrariam apenas três dias depois, enquanto ainda vagavam pelo deserto. Os irmãos saíram de seu esconderijo e atravessaram as chamas em direção à casa de seus vizinhos mais próximos. Era inútil. Ninguém abriria a porta para eles. Eram párias, marcados pela má sorte e pela crueldade dos bandidos do deserto. Com apenas 10 anos, Neris pegou Luna pela mão e saiu em busca da cidade mais próxima, onde talvez pudessem encontrar abrigo e comida longe do passado e das tradições de seu povo. Para proteger sua irmã, sete anos mais jovem, Neris prendeu seus longos cabelos no tradicional coque dos homens de sua aldeia. Agora, ela se chamava Linus.

Neris e Linus trocaram de cidade quatro vezes ao longo dos anos em que viveram juntos se a companhia de seus pais. Os tempos estavam difíceis e ninguém queria mais duas bocas para alimentar, nem mesmo os abrigos. Para arranjar roupa e comida para seu irmãozinho, Neris passou a aplicar pequenos golpes nos habitantes das vilas por onde passavam. Com o tempo, Linus também começou a aprender a arte de enganar, em parte por causa da convivência, mas principalmente devido a uma súbita preocupação de seu irmão de que um dia ele precisaria se virar sozinho. Roubos, furtos, joguetes, invasões, disfarces... Neris passou adiante tudo o que sabia.
         
Seu medo finalmente os alcançou quando Luna tinha ela mesma 10 anos e a fantasia de Linus se tornava começava a se tornar cada vez mais imprescindível. Neris fazia um trabalho na casa de um rico comerciante para o chefe do crime na cidade quando foi pego pelos guardas. Linus chorou enquanto arrumava sua trouxa e chorou ainda mais no caminho para a próxima vila.

Nome: Luna Ramlah, a.k.a. Linus
Raça: Humana
Idade: 12 anos
Classe: Ladina
Tendência: Neutro e Bom
Terra natal: Anauroch
Divindade: Tymora
Ficha de Personagem

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ilmeth

Lorde Ilmeth


Um descendente do capitão de espada de Aencar, o antigo rei do Vale da Batalha, Chanceler Ilmeth é o atual lorde da cidade de Essembra. Ele é um guerreiro capaz que lutou na mesma Companhia do pai de Markas no passado, e atualmente atua como representante do Vale da Batalha no Conselho dos Vales.

Ilmeth é um homem bom, porém amargo, e muitas vezes obcecado com suas responsabilidades.  A principal delas é o comando do pequeno exército do Vale da Batalha, um esquadrão de cem soldados chamados Homens do Lorde.

Os personagens conheceram Ilmeth pessoalmente quando foram até sua mansão para clamar sua recompensa sobre a cabeça do Carrasco. Davos arremessou a cabeça já decomposta do grimlock ao chão diante do trono de Ilmeth, e o regente ficou evidentemente irritado com a atitude do meio-orc. Para a sorte do grupo, eles estavam na acompanhados de Markas.

O grupo avisou ao chanceler sobre a atividade drow em Acaso, e também sobre Davkas Draconato, o mago abjurador que havia se instalado da torre de Dracandros, mas disseram que ele não oferecia ameaça ao reino. Ilmeth disse que iria mandar mais Homens do Lorde para proteger o vilarejo e que não iria dispender forças para retirar o mago da torre já que ele não representa problemas.

Essembra

Templo de Gond no centro de Essembra


A maior cidade do Vale da Batalha, com mais de 2.800 habitantes. Cravada nas profundezas das florestas élficas, Essembra é uma grande alameda de casebres espaçosos de ambos os lados da Estrada Rauthauvyr. O caminho está repleto de de postos de vigília - pequenas torres de madeira com arqueiros ao lado da estrada, com chancelas para impedir a passagem que raramente são usadas. Existem poucas ruas transversais entre os casebres ou para a floresta - e esses caminhos parecem mais trilhas do que ruas.

Campos do Sul, no lado externo da muralha


Na direção do centro de Essembra, o grande pátio murado da Corte das Batalhas conduz para a única parte desse local que os cidadãos realmente consideram uma cidade, um conjunto de quase 50 residências, tavernas, oficinas, um templo de Gond e um prédio oficial, a Mansão de Ilmeth.


Mapa da cidade


Em 01 Eleasias 1372 CV, Essembra foi palco do Encontro dos Escudos, um evento que ocorre a cada quatro anos em Faerûn imediatamente após a noite do Festival de Verão. Os personagens visitaram a cidade nesse dia na companhia de Markas, e lá se depararam com ruas extremamente movimentadas além de um Lorde Ilmeth razoavelmente bem humorado, duas coisas que não encontrariam em nenhum outro dia do ano.

Encontro dos Escudos em 1372 CV

terça-feira, 7 de maio de 2013

Randal Morn

Lorde Randal Morn

Randal Morn é o atual regente do Vale da Adaga. Durante três décadas ele lutou ao lado do pai de Markas como um justiceiro exilado para libertar seu reino do controle Zhentarim. Há três anos, quase 17 anos depois da morte de seu amigo, ele finalmente conseguiu expulsar os invasores e recuperar o trono que lhe pertencia por direito.

Ele é um homem de porte físico médio, com cabelos castanhos e longos. Há quem diga que ele é um competente músico e que sua voz não é de se jogar fora.

Aldred Atham

Aldred Atham

Aldred é um alto nobre do Vale do Arco e o noivo de Eryn. Ele é um homem de meia idade, portanto um pouco mais velho do que sua prometida. Seu olhar frio e distante, além do jeito calado, dão a ele um ar sério e militar. Ele frequentemente veste a ombreira da família Atham, uma relíquia de sua linhagem que viu mais batalhas do que ele próprio. Aldred atua como um dos correspondentes das Espadas, os três governantes mascarados do Vale do Arco.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Cathalandra Dovaer

Cathalandra Dovaer

Mestre do Alvorecer Cathalandra Dovaer, como é conhecida na vila de Acaso, é uma clériga de Lathander. Ela é uma jovem mulher negra de aparênia frágil e personalidade enérgica.

Ela toma conta do santuário do deus do sol no vilarejo, cuida de uma relíquia sagrada que fica abrigada no templo, e dá aulas às crianças diariamente. 

Os personagens a conheceram quando retornaram da colina Dente do Acaso - a jovem sacerdotisa havia ajudado Markas a repelir um ataque de drows que havia ocorrido enquanto os personagens estavam fora da vila. 

Kevan foi ao encontro da clériga e advertiu sobre os poderes mágicos de Ildir. Cathalandra, por sua vez, disse que já havia percebido nele algum potencial mágico, mas não era capaz de quantificá-lo. Ao final da conversa, ela se mostrou um pouco inconveniente ao tentar expor à Kevan detalhes sobre a sua religião, mas o mago foi rápido ao se evadiu de um discurso longo e entediante.

domingo, 5 de maio de 2013

Circo do Triunfo








Uma dançarina cuspidora de fogo, um mímico mascarado que parecia de fato criar objetos invisíveis e um gnomo bobo-da-corte. Quem são os três artistas que se apresentavam em Essembra durante o Encontro dos Escudos?

Eryn Chival

Eryn Chival





Eryn é a irmã de Markas, e faz parte do Conselho dos Seis em Vau Ashaben. Ao contrário de seu irmão, Eryn tem um dom natural para a liderança.  Ela conheceu os personagens quando eles chegaram na capital realizando a escolta de Markas. O seu casamento com Aldred Atham, um Lorde do Vale do Arco, fomentou a esperança de um fortalecimento substancial das relações entre os dois Vales, mas tudo isso foi colocado em jogo quando um assassino Drow atentou contra sua vida. Eryn possui grande admiração por cavalos, e é conhecida por manter várias montarias nobres.

Eryn foi salva pelo grupo após ser curada de um veneno mortal por Nerval Vigilante, clérigo de Tyr que os personagens resgataram no Campo dos Túmulos.

Ao se recuperar, Eryn fugiu da cidade sob a proteção de Markas e o Circo do Triunfo, em direção ao Vale da Batalha para procurar o auxílio.

A Casa Jaelre

Esta Casa Drow perdeu uma guerra civil no Subterrâneo e acabou sendo pressionada a se instalar na superfície de Faerûn, em Cormanthor. Os adoradores de Vhaeraun, o Deus Mascarado drow, são liderados por quatro figuras de poder: Jezz, Tebryn, Belarbreeza e Nurkinyan.

Jezz, o Coxo


Jezz, o Coxo, comanda os elfos negros em ataques contra os Vales. Jezz era o batedor de sua tribo quando vagava pelo Subterrâneo. Suas pernas foram gravemente feridas em uma luta contra um tríbulo brutal - o teto da caverna desmoronou sobre eleas. Seus companheiros acharam que ele estava morto, mas Jezz conseguiu se arrastar até o acampamento uma dezena depois. Um dois clérigos conseguiu quebrar o osso em recuperação e (quase) devolveu-o à sua posição natural, mas esse ferimento ainda incomoda Jezz; ele usa um apoio e sapatos e sapatos especiais para ajudá-lo a caminhar maios facilmente. Ele possui grande carisma e respeito entre as soldados da Casa Jaelre.


Tebryn




Tebryn é um líder e estrategista militar da casa Jaelre. Ele é um guerreiro experiente, que traz em seu rosto as cicatrizes de batalhas antigas no Subterrâneo. Suas adagas-estrela são companheiras fiéis e muitos na superfície já foram decapitados pela "Guilhotina", como é conhecida a execução que ele realiza com elas. Tebyrn também possui o hábito hediondo de espetar as cabeças de suas vítimas em estacas...


Belarbreeza


Um dos raros seguidores de Vhaeraun do sexo feminino, Belarbreeza é uma maga Drow e uma das líderes da casa Jaelre. Pouco se sabe sobre essa misteriosa mulher, mas não há dúvida de que ela é capaz de conjurar poderosas ilusões manipulando a Trama de Sombras.


Alakdar Do'arn



Alakdar é um Anti-Paladino de Vhaeraun. Ele é um dos mais confiáveis agentes de Nurkinyan, um poderoso clérigo do Deus Mascarado da Noite e principal líder da casa Jaelre. Um lagarto mercurial demoníaco trazido do Subterrâneo serve ao anti-paladino mascarado como fiel montaria. Sua arma de escolha é a espada de duas lâminas.


Nurkinyan



Clérigo de Vhaeraun, Nurkinyan é um dos quatro comandantes da casa Jaelre, e o indivíduo ao qual todos os outros líderes respondem. Alakdar Do'Arn, um antipaladino, é seu devoto favorito, e ele frequentemente envia o jovem Drow em missões em seu nome.

sábado, 4 de maio de 2013

Saevros Altocéu

Saevros Altocéu
Saevros é um  rastreador meio-elfo da floresta que vive em um povoado Tel-Quessir ao sudeste de Vau Ashaben. Apesar de ter crescido com os reclusos elfos da floresta da tribo à qual pertence seu pai, Saevros tem uma simpatia especial por humanos (não é incomum vê-lo pelas cidades próximas negociando peles de animais). Altocéu conheceu os personagens quando eles encontraram uma fazenda que havia sido saqueada pelos drows da Casa Jaelre. Saevros levou os personagens até o acampamento onde os drows estavam mantendo os fazendeiros como escravos, e os deu informações sobre os líderes da Casa Jaelre a quem vinha observando há algum tempo.

Chzandra Stayanoga

Chzandra Stayanoga

Uma Maga Vermelha de Thay, Chzandra é especializada em conjuração. Ela conheceu os personagens em Essembra durante o Encontro dos Escudos, e foi surpreendentemente amigável com Kevan, vendendo a ele itens mágicos a preços estranhamente baixos. Chzandra chegou a desafiar Kevan para um duelo arcano, mas o mago preferiu adiar o confronto.

Mais tarde Kevan encontrou Chzandra em um duelo de vida ou morte com Kyrosh. Kevan decidiu não tomar lados e interromper o combate. Chzandra ficou extremamente furiosa e disse que irá vingar do mago.