Markas Chival |
Markas Chival faz parte de uma família da baixa nobreza do Vale da Adaga. Ele contratou os personagens para realizar sua escolta até Vau Ashaben, a capital do Vale da Névoa, onde ocorreu o casamento da irmã mais nova dele - Eryn Chival - que foi recentemente nomeada um dos Seis Conselheiros regentes na capital (desde então Markas se refere a ela apenas como "rainha", de forma irreverente).
Markas havia contado que os dois irmãos são órfãos da guerra: o pai de Markas, um nobre cavaleiro, foi morto em batalha pelos Zhentarim há pouco mais de quinze anos enquanto lutava para expulsá-los do Vale da Adaga; e sua mãe foi capturada e executada pelos Zhents pouco tempo depois. Ele disse que apesar da história trágica de sua família fez o melhor com o que tinha, dedicando-se aos ensinamentos de seus tutores até que se tornou um diplomata excepcional e um combatente formidável.
Em sua vida adulta Markas passou boa parte de seu tempo explorando ruínas Vale da Adaga (ele tem um interesse especial por arqueologia). É difícil encontrar Markas de mal-humor: frequente o jovem é entusiasmado e carismático, ainda que um pouco excêntrico e por vezes indisciplinado (em outras palavras, ele nunca perde uma noite de música e bebida nas tavernas locais). Aqueles que o conhecem mais de perto sabem que ele guarda um lado mais sério e preocupado para as ocasiões certas.
Pouco antes de chegar ao vilarejo de Acaso, e assim que conheceram o velho Limbo, os personagens, e em especial Davos, passaram a suspeitar que Markas estivesse escondendo alguma coisa - talvez pelo toque frio de suas mãos, ou pela privacidade excessiva que o homem exigia em relação à sua carruagem.
Mais tarde, após ter sido preso sob a acusação de praticar necromancia, Markas contou sua verdadeira história ao grupo:
Markas havia contado que os dois irmãos são órfãos da guerra: o pai de Markas, um nobre cavaleiro, foi morto em batalha pelos Zhentarim há pouco mais de quinze anos enquanto lutava para expulsá-los do Vale da Adaga; e sua mãe foi capturada e executada pelos Zhents pouco tempo depois. Ele disse que apesar da história trágica de sua família fez o melhor com o que tinha, dedicando-se aos ensinamentos de seus tutores até que se tornou um diplomata excepcional e um combatente formidável.
Em sua vida adulta Markas passou boa parte de seu tempo explorando ruínas Vale da Adaga (ele tem um interesse especial por arqueologia). É difícil encontrar Markas de mal-humor: frequente o jovem é entusiasmado e carismático, ainda que um pouco excêntrico e por vezes indisciplinado (em outras palavras, ele nunca perde uma noite de música e bebida nas tavernas locais). Aqueles que o conhecem mais de perto sabem que ele guarda um lado mais sério e preocupado para as ocasiões certas.
Pouco antes de chegar ao vilarejo de Acaso, e assim que conheceram o velho Limbo, os personagens, e em especial Davos, passaram a suspeitar que Markas estivesse escondendo alguma coisa - talvez pelo toque frio de suas mãos, ou pela privacidade excessiva que o homem exigia em relação à sua carruagem.
Mais tarde, após ter sido preso sob a acusação de praticar necromancia, Markas contou sua verdadeira história ao grupo:
Legado do Sangue Manchado |
"O que vocês se lembram sobre a história de minha família? Sobre mim, sobre Eryn e nossos pais?
Talvez eu não tenha sido honesto com vocês. Eu e Eryn não somos irmãos de verdade. Quero dizer, não somos irmãos de sangue. Eryn foi adotada pela minha família, e meu pai...bem, ele não foi morto pelos Zhentarim.
Eu sei que devo a vocês algumas explicações, mas se quiserem entender tudo, preciso contar minha história. Acho que temos tempo, certo?
Eu tinha sete anos quando conheci Eryn. Pouco depois de meu pai ter ajudado Randal Morn a recuperar o Vale da Adaga, a família Chival tinha recebido terras como recompensa de gratidão e lealdade.
Certa noite, durante uma visita de Randal Morn, um estranho bateu à nossa porta. Ele estava muito ferido e acompanhado de uma criança. Uma garotinha de olhos verdes de três ou quatro anos. Meu pai e Randal Morn acolheram esse estranho e a garota, que vocês já devem ter percebido se tratar de Eryn. Eles cuidaram dos ferimentos do homem mas ele não resistiu. Antes de morrer o visitante entregou a eles um livro – um diário na verdade – esse que carrego comigo bem aqui.
Randal Morn levou consigo o diário quando partiu naquela mesma noite. Eu me lembro de ter ouvido meu pai e ele discutindo sobre isso. Eryn, como eles haviam descobrido ser o nome da garota, acabou ficando conosco a pedido de Randal Morn. Alguns dias depois o Lorde do Vale da Adaga retornou à nossa casa e teve uma nova discussão com meu pai. A partir de então estava decidido que Eryn permaneceria conosco como mais novo membro da família Chival.
Eu raramente via meu pai nessa época, já que ele sempre estava fora em campanhas a serviço do Lorde Regente. Minha mãe havia morrido durante o parto, então eu e Eryn só tínhamos um ao outro e a tutoria de nossos servos na maior parte do tempo. Eryn às vezes brincava com outras crianças no lado de fora, mas eu tinha um medo inexplicável da luz do dia, então nunca saía de casa.
A falta de uma família nos entristecia, mas havia um problema maior: as colinas do Vale da Adaga eram infestadas de vampiros. Nas poucas noites em que meu pai vinha nos contar histórias, ele nos falava de como há 10 anos ele havia recebido do Lorde Randal Morn a missão de erradicar essas criaturas e de como elas eram perigosas. Eu tinha apenas sete anos, então as histórias daquelas aventuras dele mais pareciam contos de terror para mim.
Enquanto eram apenas histórias, tudo estava bem conosco. Até que certa vez, logo após uma das visitas de meu pai no intervalo de suas campanhas, os berros de uma criança levaram todos até o celeiro. Era Eryn que chorava de pânico, assustada com o que havia encontrado em meio às suas brincadeiras. Na frente dela havia uma mulher morta, seu cadáver drenado de seu sangue e com marcas de mordida no pescoço. Eu assisti tudo da janela do meu quarto: Eryn chorando de medo, e os pais da garota chegando em prantos momentos depois.
A garota recebeu um funeral, com algumas precauções especiais, e a vida seguiu. Mas alguns dias depois outra vitima foi encontrada. E então outra. E então outra. Não havia dúvida de que os cadáveres eram obra de um vampiro que assombrava nossas terras, então meu pai lançou uma missão de caça com alguns homens e em poucos dias encontraram o assassino monstruoso. Me disseram que o coração dele foi perfurado por uma estaca, e que então ele teve sua cabeça cortada e banhada em àgua benta.
Eu queria que tivesse terminado por aqui. Mas as lembranças do que aconteceu na noite seguinte sempre me assombrarão.
Acordei de madrugada aos gritos depois de um dos meus terríveis pesadelos, que aliás sempre me assolaram desde que nasci. Olhei para os lados e senti meu coração gelar ao ver uma pessoa sentada em uma cadeira próxima à minha cama. Apesar do escuro eu consegui discernir que se tratava de um monstro vagamente humano, com olhos amarelos, orelhas pontiagudas, dentes protusos no meio dos lábios e a pele escurecida esticada sobre os ossos. Era para todos os efeitos um cadáver. Um cadáver vivo que retribuiu o meu olhar"
Ele me perguntou, "Teve bons sonhos Markas?". Eu fiquei paralisado, aquele frio no peito já tinha tomado conta de todo meu corpo.
"Não fique com medo, você e eu não somos tão diferentes", ele continuou.
"Você sabe quem sou eu, minha criança?"
"Um...vampiro?" A resposta me ocorreu instintivamente, e até hoje não sei explicar como tive coragem de falar.
"Você é mesmo um garoto muito esperto. Eu sou um vampiro mas não quero te machucar. Eu vim aqui porque seu pai fez uma coisa muito feia... ele quebrou uma promessa que tinha feito a mim, e mentiu para todos os seus amigos, inclusive para você." O monstro falou com um tom de voz quase paternal.
"Sabe aquelas moças que apareceram mortas? Você sabe quem matou elas?"
"Foi um monstro, mas meu pai já encontrou ele..." eu respondi
"Ahahahaha...sim, tenho certeza de que ele encontrou esse monstro – dentro de si próprio! Foi seu pai quem matou aquelas pobres mulheres, criança."
"Não!" Eu gritei tentando negar aquilo. "Vai embora!"
"Markas, eu vim aqui para te buscar..."
O vampiro se levantou e deslizou pelo chão como um fantasma até mim, sua mão estendida com aquelas unhas enormes vindo na minha direção.
Antes que ele tivesse tempo de me alcançar a porta do meu quarto se abriu e lá estava meu pai. Ele tinha uma postura que era heroica e assustadora ao mesmo tempo. Eu nunca tinha visto aquela expressão no rosto dele. Em uma de suas mãos ele segurava sua espada bastarda ainda embainhada.
Ele se jogou sobre o vampiro com uma rapidez incrível, agarrou ele pelo pescoço e o levantou do chão com uma única mão.
"Fora de minha casa, Alban!"
"Tarde demais Caius...ou você já se esqueceu daquele convite que me fez há...10 anos atrás?" O monstro falava com a voz rouca e ria ao mesmo tempo. Suas dentes eram estacas amareladas saindo de gengivas escurecidas e podres.
"Você...finalmente sucumbiu à Fome, e para manter seu disfarce jogou à culpa em um dos meus!" ele disse.
Meu pai arremessou o vampiro ao outro lado do quarto com uma força descomunal. O monstro atingiu a mobília, que despedaçou com o impacto. Então ele se levantou dentre os destroços da mesma forma fantasmagórica com que havia se movido antes.
"Podemos resolver isso agora sem mais problemas, apenas me deixe levar garoto. Você sabe que mais cedo ou mais tarde ele irá sucumbir aos mesmos ímpetos que eu e você!"
"Você não sabe disso, Alban. Duvido que tinha visto outro como ele! Agora, saia!"
"Você quebrou nosso pacto Caius. Você me tirou uma criança da noite, e agora precisa pagar da mesma forma..."
O monstro se transformou em um borrão, se movendo com a velocidade de um raio em direção a nós. Assim que se aproximou o suficiente a criatura cravou as garras no peito de meu pai e logo puxou-as de volta.
Ele deixou escapar um urro de dor, levando uma das mãos ao ferimento. O vampiro então desferiu um outro golpe na altura do pescoço do meu pai, mas ele se abaixou com a mesma velocidade que o monstro havia se movido.
Em um único movimento ele levou a mão ao cabo de sua espada, desembainhou a lâmina, e partiu o vampiro em dois pouco abaixo do ombro direito. Um chafariz vermelho inundou meu quarto cobrindo tudo que estava ao redor. Eu também fiquei coberto de sangue, mas o que mais me assustou foi o fato de eu ter gostado disso...
Em questão de segundos, os restos mortais do vampiro se transformaram eu uma densa névoa viva, que correu pelo chão e escapou pela janela.
"Markas, tranque a porta e não diga a ninguém sobre o que aconteceu aqui. Eu volto logo"
Meu pai caminhou em direção à janela e olhou para o céu escuro no lado de fora. Ele se apoiou no batente e saltou dali mesmo do quarto andar de nossa casa. Eu corri até a janela mas quando cheguei lá tudo o que vi foi um enorme morcego batendo suas asas e voando para longe, em direção às colinas para onde a névoa viva havia se arrastado.
E essa foi a última vez em que vi meu pai.
No dia seguinte os servos me encontraram chorando em meu quarto, encolhido no chão e lambendo o sangue coagulado em meus dedos. Eu nunca contei a eles o que aconteceu. Meu pai continuou desaparecido e depois de alguns dias de buscas incessantes o lorde regente cancelou a procura e veio nos visitar pessoalmente. Ele disse que iria nos levar para morar com ele por um tempo e assim o fez. Passamos o restante de nossa infância em Cachoeiras da Adaga.
Quando chegamos na adolescência, eu e Eryn nos mudamos para morar com um tutor aqui em Vau Ashaben. Eu aproveitei esse tempo para estudar, na tentativa de entender minha verdadeira natureza, e fiz algumas viagens à antigas ruínas no Vale da Adaga.
Eu descobri que apesar de raro, eu não era o único de meu tipo – um Dhampyr, ou meio vampiro – diziam as lendas e os tomos arcanos.
Eu sempre me senti diferente de meus amigos. Minha força e agilidade inatas sempre me favoreciam nos treinamentos marciais. Meu apreço pela noite sempre me impulsionou a acordar tarde e freqüentar as tavernas locais até o sol nascer. Meu gosto por sangue... bem, pelo menos isso eu sempre fui capaz de controlar, não sei se por força de vontade ou por medo do que eu poderia me tornar... E se estão preocupados, me deixe ser claro aqui – não, eu não sou um assassino, nem preciso beber sangue para viver.
Enfim, entender mais sobre minha natureza foi como tirar um peso das minhas costas, e eu pude me dedicar melhor a outros assuntos, como lutar em missões pelo lorde regente e seus aliados nos Vales. Alguns dias antes de conhecer vocês eu sai em missão ao Vale da Batalha para apoiar Lorde Ilmeth na luta contra a os drows, mas antes de começar minha viagem Randal Morn me entregou uma coisa que mudou tudo. Era o diário que ele havia recebido do estranho há todos aqueles anos. O Lorde Regente me pediu que o entregasse a Eryn, pois sabia que depois de minha missão eu viajaria à Vau Ashaben para o casamento dela. "Markas, peço que não leia o conteúdo desse livro antes de sua irmã. Proteja-o e entregue-o pessoalmente a ela."
É claro que e não consegui resistir. Durante a viagem eu abri o livro, e finalmente entendi tudo o que havia acontecido naquela noite quando o estranho bateu à nossa porta,. Entendi porque meu pai e o lorde regente haviam discutido, porque ele saiu tão apressadamente durante à noite apenas para retornar poucos dias depois, e também porque Eryn era tão imediatamente importante para eles.
O que eu li nessas páginas meu arrebatou com a força de uma tormenta.
Esse é o diário pessoal de Aencar, o Rei de Manto. E nele existem provas de que Eryn é sua descendente direta."
______________________________________
Markas escapou da prisão com a ajuda de Lira, que usou um disfarce mágico para se passar por Nelyssa Shendean, capitã da guarda. Ele e sua irmã fugiram em direção ao Vale da Batalha durante a mesma noite, sob a proteção do Circo do Triunfo.
Cara, novamente, parabéns pelos posts incríveis.
ResponderExcluirE bem, próximos turnos.
20-27-03 são meus últimos possíveis sábados.
depois disso só em setembro.
Acho que seria legal termos a maior quantidade de gente o possível, acho que tudo indica que será um turno bem pesado. E queria deixar o Davos em um lugar legal.
Como estão para vocês?
Maus, acabei de descobrir que não posso esse sábado, dia 20.
Excluir27-03 ainda livres. Mas terei que saber de vocês com antecedência.
Eu posso todos esses dias... Em quantos dias terminamos essa crônica?
ResponderExcluirUm abraço, Pedro
P.S.: Acho que o Lucas não pode no sábado
Valeu barba, fico feliz de ter gostado das postagens! =D
ResponderExcluirTerminamos essa aventura em uma sessão, talvez duas dependendo do que acontecer, Pedro.
Nesse sábado também não posso porque meu apê esta passando por reformas. Dia 27 e dia 03 estarei disponível.
Grande abraço.