sábado, 20 de julho de 2013

O Beijo da Rainha - Parte II

A moeda de Limbo havia levado os personagens até Aerthor, um povoado élfico protegido pela floresta e por brumas mágicas permanentes. Lá eles foram recebidos por Saevros Altocéu e conheceram Elros, o elfo mais antigo do lugar, que não ficou nada contente em ter a presença de estranhos na vila. Eles pediram ajuda para que pudessem utilizar os portais élficos que Saevros havia antes mencionado quando os conheceu, mas tiveram o pedido negado por Elros. Para a sorte deles, através da intervenção de um ente conhecido apenas como "Gravetosso", eles conseguiram utilizar a passagen mágica para cortar caminho em direção ao Campo dos Túmulos. A idéia era encontrar Nerval Vigilante, o clérigo de Tyr, o mais rápido possível e trazê-lo de volta à capital para curar Eryn.






E assim eles o fizeram. O caminho até o antigo cemitério Netherese estava infestado de goblins, hobgoblins e orcs, mas isso não foi o suficiente para impedir o grupo de seguir adiante. Como se não fosse o bastante, ao chegar no local ainda tiveram de lidar com mortos-vivos. Seguindo rastros até uma cripta, os aventureiros encontraram Nerval sendo atacado por uma sombra, mas conseguiram salvá-lo a tempo.



Depois de se apresentar ao clérigo de Tyr, o grupo decidiu sair daquele lugar amaldiçoado e descansar um pouco em uma caverna que Buran e Davos haviam encontrado na floresta. Eles fizeram uma fogueira e trocaram suas histórias durante a noite. Lira informou o clérigo sobre o atentado contra a conselheira Eryn, o que os levou a acreditar que Nerval teria sido vítima de um plano orquestrado pelos drow para afastá-lo da capital. Segundo o clérigo, ele havia sido emboscado por uma maga cuja descrição correspondia à de Belarbreeza e um homem melhor descrito como um "vulto".

Na manhã seguinte eles já haviam partido. Os cavalos galopavam o mais rápido que podiam em direção ao portal oculto nos bosques à beira da Trilha do Mar da Lua. Através da passagem mágica eles retornariam imediatamente a Aerthor, que ficava a apenas algumas horas de viagem da capital. Se tudo desse certo eles chegariam a tempo de salvar Eryn com a magia do clérigo.


···
Longe dali, do outro lado de um espelho d'água, a maga drow observava o grupo concentrada em sua magia de clarividência. Em seu laboratório arcano também estavam Seymor, um Fetchling, e Benyl, um legítimo Vulto

"Parece que seu plano foi inútil, Belarbreeza. Teria sido mais fácil ter acabado com ele de uma vez. Se eles chegarem a tempo teremos que achar outra maneira de garantir a morte da conselheira."

"Mais cedo ou mais tarde a cidade será de vocês, Benyl. E não se preocupe, a conselheira não tem para onde fugir." A maga fez uma pequena pausa ao se surpreender com o que havia acabado de ver no reflexo da água. "Mas olhe só isso agora... acho que na verdade tivemos sorte em deixar o clérigo vivo...". A imagem agora mostrava o grupo chegando ao portal élfico.

"Um portal élfico...como eles descobriram isso?" A maga drow observava o grupo com curiosidade, mas quando os aventureiros atravessaram o portal a imagem se dissipou em uma névoa escura, que se difundiu pela água como uma nuvem de tinta. "Mas que droga! Não vejo mais nada...alguma coisa anulou a magia!" A drow praguejou.



"Será que realmente importa como descobriram esse portal? Isso só significa que eles devem chegar ainda mais rápido à capital." Benyl parecia entediado.

"Ah, mas é claro que importa. Se nossos drow tivessem acesso a esse tipo de transporte pelo Vale..."

"Posso ajudar vocês com isso." Disse o Vulto.

"Ótimo, mas antes de tudo precisamos tirar o assassino capturado das mãos das autoridades. Ele pode nos comprometer. Talvez seja necessário mandar um aviso a esse grupinho também. Envie esse seu cão até a cidade. Dê um jeito no assassino antes que ele fale demais. Intimide esses "aventureiros". Mate-os se for possível. Mas não deixe qualquer indício da real ameaça que oferecemos. Os humanos precisam acreditar que estão apenas lidando com alguns encrenqueiros drow." A bruxa falou.

"Precisamos mesmo matar eles? Eu e Ahriman temos idéas muito melhores em mente, temos sim! O que dizem? Hmmm?" Disse Seymor com sua voz psicótica.

"Dessa vez você não estará lidando com simples guardas, nem com aquele velho inofensivo que você vem atormentando, Seymor. Eles são habilidosos." Benyl fez uma pausa e voltou o olhar para Belarbreeza. "Não estou disposto a arriscar meu Fetchling dessa forma, bruxa, a não ser que você possa ajudá-lo de alguma forma com essa tarefa".

Belarbreeza sorriu e caminhou até uma mesa coberta por um lençol em seu laboratório arcano. Ela puxou a cobertura revelando uma tosca estátua de gelo esculpida na forma de um corpo humano. Sobre o peito da escultura ela colocou um punhado de um pó de vermelho cristalino e entoou algumas palavras mágicas. O pó brilhante evaporou num instante, levantando uma nuvem de fumaça rósea. A partir daquele ponto central, a matéria translúcida e inerte da escultura de gelo se transubstanciou em um material semelhante à carne e pele. Então, sua aparência se modificou lentamente até que se a criatura se tornou um verdadeiro duplo do Fetchling.



"Mais uma ilusão?"

"Sim. Um simulacro na verdade. Uma cópia de sombras quase real." Belarbreeza explicou com orgulho sua criação e então voltou sua atenção à Seymor. "Deixe o simulacro em seu lugar e convoque suas sombras, Fetchling. Se for necessário, uma gema de porta dimensional irá te ajudar a fugir sem ser percebido."

"Engenhoso...mas e quanto à conselheira?" Perguntou Benyl.

"Precisamos levar a situação ao Coxo. Ele saberá o que fazer"

"É melhor que saiba mesmo. Os Príncipes estão ficando impacientes." Benyl disse enquanto se virava  em direção à saída do laboratório na companhia de Seymor.

···

Algumas horas depois o grupo chegou a Vau Ashaben. Eles foram direto à casa da conselheira junto com Nerval. O clérigo conjurou sobre Eryn suas preces de cura e ela logo se ruborizou. Assim que abriu os olhos, ainda um pouco confusa, Eryn perguntou o que havia acontecido. Aldred, que não havia saído de seu lado em nenhum momento, a abraçou com força. 

Markas quiz que todos se retirassem para dar aos dois um pouco de privacidade. No lado de fora do quarto, Nerval pediu a atenção de todos.

"Se realmente houver alguém do conselho envolvido com esse atentado, nós vamos descobrir. Hoje mesmo vou propor ao Alto Conselheiro uma investigação para que o traidor seja trazido à Justiça." Essa última palavra do clérigo ecoou com um trovão fervoroso no salão. "Façam o que quiserem com o restante da manhã, mas no final da tarde compareçam à sala de reuniões na casa do Alto Conselheiro. Teremos muito o que conversar".

4 comentários:

  1. Caramba eles estão no covil do Mun-RA

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  2. Quem seriam os personagens então...eu diria que Lira é a Cheetara, e Luna/Linus seria Willykit/Willykat...

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  3. Lira é o snarf... a Maja é a Cheetara, (bem mais acrobática). O Davos é o Escamoso e o Vessyr é o Mun-Ra

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  4. E eu o Panthro ou o Roberbill.

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